quinta-feira, 28 de junho de 2012
HINO A FEIRA DE SANTANA
Georgina Erisman
Salve ó terra formosa e bendita
Paraíso com o nome de Feira
Toda cheia de graça infinita
És do norte a princesa altaneira.
Bem nascida entre verdes colinas
Sob o encanto de um céu azulado
Ao estranho tu sempre dominas
Com o poder do teu clima sagrado.
Sorridente como uma criança
Descuidosa da sua beleza
Do futuro és a linda esperança
Terra moça de sã natureza.
Poetisa do branco luar
Pelas noites vazias de agosto
Fiandeira que vive a fiar
A toalha de luz de sol posto.
De Santana és a filha querida
Noite e dia por ela velada
E o teu povo tão cheio de vida
Só trabalha por ver-te elevada.
terça-feira, 26 de junho de 2012
MISS IMPERFEITA!
Martha Medeiros - Jornalista e escritora
Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas e depilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para conhecer outras pessoas..
Voltar a estudar.
Para engravidar.
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'
quinta-feira, 14 de junho de 2012
MEIO SÉCULO DE HISTÓRIA NO RÁDIO
Lembranças, depoimentos emocionantes e uma exposição com o memorial de Joel Magno marcaram as comemorações em homenagem aos seus 50 anos de rádio. Realizada no Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo, na manhã desta quinta-feira (14), a solenidade levou os participantes de volta ao passado, com músicas da época e diferentes documentos sobre o decano. J. Magno deu início a sua carreira na Rádio Sociedade AM, depois foi para a Rádio Cultura com programas de auditório.
Ele diz que a paixão pelo rádio surgiu quando ainda ouvia a Rádio Sociedade da Bahia e apreciava o trabalho dos locutores. “Aquilo me atingiu e entrou na minha alma. Fui lendo jornal, revista, meu pai me ajudou a comprar um alto falante modesto que eu usava para fazer propaganda”, relembra. Para Magno, completar 50 anos de rádio representa a maior conquista de sua vida. "Agradeço principalmente a Deus, a minha família, e amigos que ganhei através do rádio".
Durante o evento também foram homenageados outros profissionais que fizeram história no rádio feirense, a exemplo de Itajay Pedra Branca, Valter Vieira e Gildart Ramos. A solenidade também contou com a presença da diretora de Jornalismo da Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom), Madalena de Jesus, que representou o secretário Fabrício Almeida, radialistas e familiares de J. Magno.
A iniciativa foi do Sindicato dos Radialistas de Feira de Santana (Sintrert) e Central Única das Favelas (CUFA), com apoio da Prefeitura de Feira de Santana. O evento deverá laurear cerca de 10 profissionais de imprensa.
Fonte: Secom/PMFS
Fotos: Bernardo Bezerra
sexta-feira, 1 de junho de 2012
CIDADÃ JACUIPENSE, DE FATO E DE DIREITO
Em sessão solene no dia 24 de maio a Câmara Municipal de Conceição do Jacuípe, minha terra natal, concedeu o título de cidadania à empresária Iolanda Santa Bárbara, feirense de nascimento. Uma homenagem mais que merecida, pois reconhece por direito o que ela já havia conquistado de fato. Fico orgulhosa em tê-la como conterrânea, porque sei o quanto deseja ver a nossa cidade mais desenvolvida, mais bonita. A seguir, a íntegra do discurso da homenageada. (Madalena de Jesus)
"Ao chegar aqui, logo percebi que de nada adiantou me preparar tanto para este momento. Por isso, desde já me desculpo se por acaso me deixar levar pela emoção. É que hoje eu estou recebendo de direito o que já tenho de fato e isso é motivo de muito orgulho.
No momento que eu soube que seria homenageada por esta câmara com o título de cidadania, confesso que fiquei surpresa. Até questionei meu merecimento. Mas entendi que não há o questionar, pois há muito tempo me sinto inteiramente jacuipense. E acreditem: só tenho a agradecer a deus por todas as bênçãos recebidas nesta terra onde fui tão bem acolhida.
Aqui eu construí uma história de vida recheada de realizações, profissionais e pessoais. Aqui me casei com augusto césar, filho da terra, de quem me tornei sócia na Cesana Móveis. Com ele formei a família que é a minha razão maior. Temos dois filhos, Crhistine, advogada, e Caio, engenheiro ambiental.
Aqui fiz amigos...
Me considero vitoriosa!
Mas a minha relação com esta cidade vem de muito antes. Sou feirense de nascimento, lá de São José das Itapororocas, hoje distrito de Maria Quitéria. Comecei a andar por aqui no início da década de 80.
Acho que fui chamada por Nossa Senhora da Conceição e não poderia deixar de atendê-la. Tudo que sou e faço é sob sua graça e a força de Deus, a razão de tudo.
Foi assim quando enveredei na política empresarial e cheguei à presidência da Associação Comercial e Empresarial de Conceição do Jacuípe. Da mesma forma cumpri a minha missão, apesar das dificuldades, quando fui eleita vice-prefeita. Igualmente quando enfrentei o desafio de cursar uma faculdade e me formar em administração de empresas, já no ano passado.
Não posso deixar de dizer que devo, em primeiro lugar a Deus, e aos meus pais Armando Alves Franco e Maria da Purificação Santa Bárbara Franco o gosto pelo trabalho, pela política e, sobretudo, pela vida.
Faço um registro especial da minha passagem pelo Instituto de Educação Gastão Guimarães, onde me formei professora em 1978.
Também merecem lembrança os empregos que me deram experiência na área comercial: primeiro no grupo Modesto Cerqueira e depois no grupo João Marinho Falcão. Quanta saudade!
O meu mais sincero agradecimento ao presidente desta casa, vereador João Pimentel Filho, que carrega o nome, o sangue e a veia política de um dos nossos maiores líderes, pela homenagem. Agradeço também a todos os demais vereadores, que aprovaram a concessão do título. Me sinto realmente honrada e mais comprometida com o bem de nossa cidade.
A todos desejo uma boa noite e deixo uma certeza: nada acontece por acaso, porque o destino é a soma dos nossos atos e recebemos da vida tudo o que lhe damos.
Muito obrigada, conterrâneos!"
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