Pode parecer lugar comum. Que seja, não importa. Mas dizer que a música de Raul Seixas é imortal nunca é demais. Um misto de poeta e profeta (um de seus álbuns tem o sugestivo título Profecias), ele conseguia falar do passado, do presente e do futuro com a mesma naturalidade. Nesta quinta-feira (15) recebi o áudio com uma dessas pérolas de Raul, enviado direto de Itabuna, minha terceira pátria, pela jornalista Vera Rabelo. E vamos combinar que nesses tempos de pandemia e isolamento social, amanhecer com toda a natureza nos desejando um bom dia e, ainda, com um leve toque de poesia, é tudo que precisamos. (Madalena de Jesus)
Amanhece, amanhece, amanhece
Amanhece, amanhece o dia
Um leve toque de poesia
Com a certeza que a luz
Que se derrama
Nos traga um pouco
Um pouco
Um pouco de alegria
A frieza do relógio
Não compete com a quentura do meu coração
Coração que bate 4 por 4
Sem lógica
E sem
E sem nenhuma razão
Bom dia Sol
Bom dia, dia
Olha a fonte
Olha os montes
O horizonte
Olha a luz que enxovalha e guia
A Lua se oferece ao dia
E eu
E eu guardo cada pedacinho de mim
Prá mim mesmo
Rindo louco
Louco
Mais louco
Louco de euforia
Bom dia Sol
Bom dia, dia
Eu e o coração
Companheiros de absurdos no noturno
No soturno
No entanto, entretanto
E portanto...
Bom dia Sol
Bom dia Sol
Bom dia Sol
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