terça-feira, 12 de novembro de 2013

COLBERT, UM HOMEM QUE ENCARAVA A VIDA E A POLÍTICA DE PEITO ABERTO






Em 7 de novembro de 1994, a cinco dias de seu aniversário de nascimento, Feira de Santana se despedia de Colbert Martins da Silva, um homem que dedicou a sua vida política à cidade, onde foi prefeito por duas vezes, vereador três e secretário municipal. Foi também e deputado estadual. Seu nome é uma marca indelével na história e no coração das pessoas que acompanharam de perto a sua trajetória e seus projetos para fazer da antiga Vila Comercial uma Metrópole.

A impressão era que ele estava sempre à frente, pensava maior do que todo mundo, queria Feira de Santana não somente como a segunda maior cidade da Bahia, mas como a melhor para se viver. Como um pai, que quer tudo de bom para os filhos, Colbert vislumbrava os feirenses com mais oportunidades de trabalho, mais educação, mais saúde, mais transporte, mais qualidade de vida. E trabalhava para tornar isso real.

Muita coisa importante em minha vida aconteceu durante seu último governo, mas citarei apenas duas: o nascimento de minha filha, Hana Bárbara, hoje com 24 anos; e o concurso que me deu acesso ao serviço público como repórter, função que exerço ainda hoje na Secretaria de Comunicação Social. Criada por ele, vale lembrar, e que teve Jailton Batista, atual secretário de Cultura, Esporte e Lazer, como primeiro titular.

Convivi com esse homem grandioso, que enfrentava a vida e a política de peito aberto, 16 anos. Me ensinou, além do gosto pelo jornalismo político, a importância de colocar o sentimento em tudo que fazemos, pois só assim será bem feito. Me fez entender que filho é, acima de tudo, bênção, quando me aconselhava durante a gravidez de Bárbara, em plena campanha eleitoral, em meus momentos de dúvidas.

Em nosso último encontro, eu morando em Itabuna e vindo a Feira de Santana a passeio, me confidenciou uma certa tristeza com o andamento da política, mas reafirmou que faria tudo outra vez. Sem tirar nem acrescentar nada. Depois disso, retornei à cidade com José Carlos Teixeira, Valdenir Lima e Antônio Carlos Rodrigues, para dividir com seus familiares e todos os feirenses a dor da perda e já começar a experimentar a imensa saudade que sentimos ainda hoje.

Madalena de Jesus

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