sábado, 26 de novembro de 2011

O PRIMEIRO AMOR NINGUÉM ESQUECE




Há 20 anos, o mundo se deparava com dois sucessos infantis: Macaulay Culkin e Anna Chlumsky. Considerado um dos filmes mais emocionantes dos anos 1990, “My Girl”, ou em português “Meu Primeiro Amor”, revelou os atores mirins como possíveis nomes de sucesso do cinema.

Mas não foi isso o que aconteceu. Depois do longa lançado em 1991, Culkin foi sucesso em “Esqueceram de Mim” (1992), mas decepcionou quando ficou mais velho: ele se envolveu com drogas e álcool e já não levava a carreira artística tão a sério.

Já Anna Chlumsky, a namoradinha de Culkin no filme romântico e infantil, deu uma grande sumida da mídia e das telonas, mas está dando indícios de que quer voltar bastante à ativa. A norte-americana começou a carreira artística cedo: com apenas 10 meses, ela emprestava seus grandes olhos azuis à publicidade fazendo fotografia e comerciais nas telinhas.

“Meu Primeiro Amor” rendeu a Anna a indicação de Melhor Revelação e Melhor Dupla no MTV Awards. Na premiação, ela levou o prêmio de Melhor Beijo. Aliás, que beijo. Quem não se lembra do selinho que Thomas e Vada deram depois de fazerem um pacto de sangue? E a interpretação pra lá de dramática de Anna, com 11 anos na época, quando seu grande amor morreu vítima de picada de abelha?

O texto é de Taynara Magaroto

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

BEL PIRES LANÇA LIVRO SOBRE POETA FEIRENSE ALOÍSIO RESENDE




Na próxima terça-feira (29), o professor e historiador Bel Pires lança o livro “Aloísio Resende, poeta dos candomblés: história das populações negras em Feira de Santana”. O evento será realizado no Museu de Arte Contemporânea (MAC), a partir das 20 horas.

A obra contou com patrocínio cultural da Prefeitura de Feira de Santana e o apoio do grupo de pesquisa Populações Negras: Pesquisa e Extensão, da Uneb/CNPq e foi produzida com a colaboração do artista visual Gabriel da Silva Ferreira e do mestre em Literatura e Diversidade Cultural Denílson Lima Santos.

Neste livro são abordados aspectos relativos a ancestralidade e a produção e atuação do poeta e escritor negro Aloísio Resende, ferrenho defensor do candomblé e das manifestações da religiosidade afro brasileira, que morreu em 1941.

Sobre o autor

Bel Pires é professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) – Campus de Itaberaba, mestre de capoeira angola e doutor em estudos étnicos africanos pela Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Ele á autor dos livros “No tempo dos valentes: os capoeiras na cidade da Bahia”, pela editora Quarteto (2005) e de “Capoeira, identidade e gênero: ensaios sobre a história social da capoeira no Brasil” publicado pela Editora da Universidade Federal da Bahia – Edufba (2009).

O texto é de Elsimar Pondé.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NOVO COLORIDO NO PARQUE DA CIDADE








O Parque da Cidade Frei José Monteiro Sobrinho ganhou um colorido a mais nos últimos meses, com a chegada da primavera. Espécies de flores como buganville e rosa graxa deram um novo tom ao parque pelos canteiros e diferentes ruas do equipamento público.

As árvores frutíferas de jaca, manga, siriguela, jambo e acerola também começaram a florir com a entrada da nova estação. Com o novo colorido das flores e verde das árvores, inclusive nos eucaliptos, pessoas de diferentes idades são convidadas a conhecerem o Parque da Cidade ou retornar ao local mais uma vez.

O equipamento funciona no conjunto Feira VII e funciona das 8 às 17 horas, inclusive de terça-feira a sexta-feira. Visitantes que forem ao local vão dispor de um clima de total tranqüilidade, em contato direto com a natureza. Toda segunda-feira são realizados serviços de manutenção, quando o Parque não é aberto ao público.

O texto é de Bethânia Carvalho

As fotos são de ACM

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

MAIS RICOS TÊM RENDA 39 VEZES MAIOR QUE OS MAIS POBRES





Embora pesquisas apontem quedas sucessivas na desigualdade de renda no Brasil, dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta, 16, mostram que os 10% mais ricos no País têm renda média mensal trinta e nove vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha (R$ 137,06) durante três anos e três meses para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico (R$ 5.345,22).

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os 10% mais pobres ganhavam apenas 1,1% do total de rendimentos. Já os 10% mais ricos ficaram com 44,5% do total. Outro recorte revela o rendimento médio no grupo do 1% mais rico: R$ 16.560,92. Os dados valem para a população de 101,8 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais de idade e algum tipo de rendimento em 2010.

A renda média mensal apurada foi de R$ 1.202. Levando-se em conta os habitantes de todas as idades, o IBGE calculou a renda média mensal per capita de R$ 668. O Censo indica, porém, que metade da população recebia até R$ 375 por mês, valor inferior ao salário mínimo oficial em 2010 (R$ 510).

O IBGE também mostra que as cidades de porte médio, com população entre 10 mil e 50 mil habitantes, foram as que apresentaram a maior incidência de pobreza. Enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$ 70 de rendimento domiciliar per capita era, em média, de 6,3% no Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse porcentual era o dobro (13,7%), com metade da população nessas cidades vivendo com até meio salário mínimo per capita. Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% recebiam até R$ 70 per capita e cerca de um quatro (25%) vivia com até meio salário mínimo de rendimento domiciliar per capita.

Entre as capitais, segundo o IBGE, manteve-se a tendência de melhores níveis de rendimento domiciliar per capita nas regiões Sul e Sudeste. O maior valor (R$ 1.573) foi registrado em Florianópolis (SC), onde metade da população recebia até R$ 900. Em 17 das 26 capitais, metade da população não recebia até o valor do salário mínimo. Entre as capitais, a pior situação foi registrada em Macapá: rendimento médio domiciliar per capita de R$ 631, com 50% da população recebendo até R$ 316.

A capital do Amapá também ficou com a maior proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita de até R$ 70 (5,5%) e até um quarto de salário mínimo (16,7%). No Sudeste, o Rio registrou os maiores porcentuais de pessoas nessas condições (1,1% e 4,5%, respectivamente). Os melhores indicadores foram observados em Florianópolis (SC): 0,3% da população com rendimento médio mensal domiciliar de até R$ 70 e 1,3% com até um quarto do salário mínimo.

No Brasil, os rendimentos médios mensais dos brancos (R$ 1.538) e amarelos (R$ 1.574) se aproximaram do dobro do valor relativo aos grupos de pretos (R$ 834), pardos (R$ 845) ou indígenas (R$ 735). Entre as capitais, destacaram-se Salvador, com brancos ganhando 3,2 vezes mais do que pretos; Recife (3,0) e Belo Horizonte (2,9). Quando analisada a razão entre brancos e pardos, São Paulo apareceu no topo da lista, com brancos ganhando 2,7 vezes mais, seguida por Porto Alegre (2,3).

Os homens recebiam no País em média 42% mais que as mulheres (R$ 1.395, ante R$ 984), e metade deles ganhava até R$ 765, cerca de 50% a mais do que metade das mulheres (até R$ 510). No grupo dos municípios com até 50 mil habitantes, os homens recebiam, em média, 47% a mais que as mulheres: R$ 903 contra R$ 615. Já nos municípios com mais de 500 mil habitantes, os homens recebiam R$ 1.985, em média, e as mulheres, R$ 1.417, uma diferença de cerca de 40%.

O texto publicado no Jornal Folha do Estado é de Dayane Leal

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O AMOR E O TEMPO



Texto lido no programa Um Toque de Mulher do dia 12.11.2011


Era uma vez uma ilha, onde moravam os seguintes sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Vaidade, a Sabedoria, o Amor e outros.

Um dia avisaram para os moradores desta ilha que ela ia ser inundada. Apavorado, o Amor cuidou para que todos os sentimentos se salvassem; ele então falou:

- Fujam todos, a ilha vai ser inundada.

Todos correram e pegaram seu barquinho, para irem a um morro bem alto. Só o Amor não se apressou, pois queria ficar um pouco mais na ilha.

Quando já estava se afogando, correu para pedir ajuda.

Estava passando a Riqueza e ele disse:

- Riqueza, leve-me com você.

Ela respondeu:

- Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e você não vai caber.

Passou então a Vaidade e ele pediu:

- Oh! Vaidade, leve-me com você.

- Não posso você vai sujar o meu barco.

Logo atrás vinha a Tristeza.

- Tristeza, posso ir com você?

— Ah! Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha.

Passou a Alegria, mas estava tão alegre que nem ouviu o Amor chamar por ela. Já desesperado, achando que ia ficar só, o Amor começou a chorar.

Então passou um barquinho, onde estava um velhinho.

- Sobe, Amor que eu te levo.

O Amor ficou tão radiante de felicidade que esqueceu de perguntar o nome do velhinho.

Chegando no morro alto onde estavam os sentimentos, ele perguntou à Sabedoria:

- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?

- Sabedoria, quem era o velhinho que me trouxe aqui?

Ela respondeu:

- O Tempo.

- O Tempo? Mas, por que só o Tempo me trouxe aqui?

- Porque só o Tempo é capaz de ajudar e entender um grande Amor.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

OS CANTARES DE RODA



Se poesia em uma língua só já é bom, imagine em duas... Pois é assim, em português e espanhol, que o escritor e poeta Cleberton Santos traz para os amantes da literatura o seu novo livro, Cantares de roda, ou Cantares de rueda, como queiram os leitores.

Com lançamento na tarde desta terça-feira (8), no Anfiteatro da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), o terceiro livro de Cleberton reúne 30 poemas, que são traduzidos para o espanhol por Edson Oliveira e Liz Sandra Souza e Souza.

Editado pela Via Litterarum (Itabuna - Ilhéus), Cantares de roda tem prefácio do poeta Sandro Ornellas, professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e apresenta comentários de escritores e críticos sobre a poesia de Cleberton Santos.

AUSÊNCIA



Eu deixarei que morra em mim o desejo
de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto
No entanto a tua presença é qualquer coisa
como a luz e a vida

E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto
e em minha voz a tua voz
Não te quero ter porque
em meu ser está tudo terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados

Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como uma nódoa do passado.
Eu deixarei ... tu irás e encostarás
a tua face em outra face

Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite
Porque eu encostei a minha face
na face da noite e ouvi a tua fala amorosa

Porque meus dedos enlaçaram os dedos
da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só
como os veleiros nos portos silenciosos

Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

EU SEI, MAS NÃO DEVIA...



Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.

E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.

E porque não abre as cortinas logo se acostuma a acender cedo a luz.

E à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.

A tomar o café correndo porque está atrasado.

A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.

A comer sanduíche porque não dá para almoçar.

A sair do trabalho porque já é noite.

A cochilar no ônibus porque está cansado.

A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.

A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.

A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.

E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a pagar mais do que as coisas valem.

E a saber que cada vez pagará mais.

E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma à poluição.

Às salas fechadas de ar-condicionado e cheiro de cigarro.

À luz artificial de ligeiro tremor.

Ao choque que os olhos levam na luz natural.

Às bactérias de água potável.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.

Se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.

Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.

Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.

E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma.

Marina Colasanti

terça-feira, 1 de novembro de 2011

CIDA MACHADO FESTEJA SUCESSO DO TRATAMENTO




O resultado da avaliação não poderia ser mais animador: os exames indicam a regressão dos tumores no pâncreas e no fígado que levaram a jornalista Aparecida Machado para o Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo. Ela está lá há quatro meses.

A ex-secretária de Comunicação de Feira de Santana e ex-dirigente do Sindicato dos Jornalistas na cidade recebeu as informações na tarde de ontem (31)e logo em seguida, emocionada, concedeu entrevista ao radialista Jorge Bianchi, no programa “De Olho na Cidade”, da Rádio SociedadE.

Ela contou que o resultados apresntado pelos médicos indicam que os tumores estão regredindo no pâncreas e no fígado, o que a deixa aliviada e ainda mais otimista em obter a cura.

“Estou muito feliz com a resposta que tivemos hoje, que mostra que estou no caminho certo nessa fase, que representa metade do meu tratamento até aqui”, disse. A partir de agora, a quimioterapia será mais forte, com nova medicação.

Cida garantiu que continuará firme na luta contra a doença. "Vim para vencer. Meu Senhor me trouxe para tão longe de tudo o que eu amo porque eu tinha que enfrentar essa passagem para voltar mais forte e elevar o nome de Deus em todos os lugares”.