terça-feira, 28 de maio de 2019

CIÊNCIA, CULTURA E DIVERSÃO: TUDO JUNTO E MISTURADO








A ideia inicial era apresentar o resultado das práticas em sala de aula de várias disciplinas. Mas a diversidade dos trabalhos, o empenho dos estudantes e professores e a criatividade dos participantes acabaram transformando a IV Mostra Científico-Cultural da FTC Feira de Santana em um grande evento, abrangendo todas as áreas do conhecimento e movimentando mais de 20 estandes.

A área de convivência do campus ficou pequena, na manhã e noite de quarta-feira (22), para o grande número de pessoas atraídas pela vasta programação, que incluiu desde apresentação de seminários e atendimentos a shows musicais, apresentação de dança e contorcionismo e bate-papo com autores. Isso sem falar na diversidade dos estandes que tomaram conta do espaço.

A interdisciplinaridade foi um dos destaques da mostra, que reuniu, em um só estande, estudantes de Nutrição, Psicologia, Fisioterapia, Biomedicina e Enfermagem, para explicarem práticas de reciclagem e meios de evitar a degradação ambiental, como disse Marcos Tony, do 7º semestre de Nutrição. Também juntos, estudantes de Educação Física, Farmácia e Biomedicina deram uma aula ao professor Alano Calheira Durães.

O momento literário, que é um dos destaques do evento, este ano teve a participação dos escritores Vinícius Mendes, professor da Instituição, e Fernanda Mastrolorenzo, que cursa o 5º semestre de Odontologia. A conversa foi mediada pelo professor Carlos Magno, também coordenador da mostra. Durante o bate-papo, que ocorreu à noite, foi distribuída uma antologia dos dois escritores.

As apresentações musicais foram uma atração à parte na mostra. Entre os shows, o do estudante Ronald Martins, do 2º semestre de Psicologia, encantou a todos com uma interpretação impecável de músicas eruditas, acompanhado do músico Tito Pereira. Victória Alencar, de Medicina Veterinária; André Silva, de Engenharia Civil; Jhony, de Biomedicina, mais o colaborador Chris Santos se encarregaram de manter o nível e a animação.

O sucesso da mostra foi contagiante. O resultado mereceu aplausos de quem esteve na Faculdade durante o dia ou à noite. Até mesmo quem viu a mostra por acaso, como a empresária Daniele Reis, que queria apenas informações sobre os cursos de pós-graduação. “De repente me deparei com toda essa movimentação e fiquei sabendo que todos os cantores e músicos são alunos ou funcionários”,  disse, admirada. 

sábado, 11 de maio de 2019

ESSA MÃE REAL


Seu nome, qualquer que fosse,
rima perfeitamente amor e dor.
Das dores ninguém quer saber.
A dor é solitária para elas.
Seu nome poderia ser ‘Diuturnamente’,
porque ‘Noturnamente’, soa palavrão.
Mas que mente (um tantinho), mente.
Constantemente, para te fazer feliz.
"Dormiu bem, meu bem?"
"Como ninguém."
"Está sentindo alguma coisa?"
"Nada, já passou!"
"Gostou do presente que te dei?"
"Gostei... é a minha cara!"
E as noites passam, e os dias também.
O corpo cansa... os cabelos já, brancura, têm.
Amores elas os tem. Porém,
mais nos doam, menos retêm...
Os filhos crescem e vão além.
As atenções, rareiam e elas já nem sabem
a que horas vêm, ou as têm
Talvez um certo dia,
na data marcada,
na hora do almoço
na folga de alguém...
Elas dirão: “É a vida.”
Talvez, a que aos filhos convém.
E essa falta que sentem
É das dores que tem
Teve alguma atenção?
Só a que a nos convém.
Você a convidou, a certa hora,
para dar, e não receber, cafuné?
O café da manhã a postos
Foi preparado para ela?
Alguém, todo retorno da tarde,
declarou em carinhos seu amor?
Camas arrumadas? Banheiros perfumados?
As coisas feitas na hora que ela precisa?
E não apenas na que se puder? Ou se quiser?
Podem chamá-la de Mãe!
Pode ser naquele dia de consumo.
Mas não nos esqueçamos que Ela
Dedica a nós, dia a dia, todo seu sumo.
Alguém haverá de dizer
“Amo-a toda hora!”
Mas os gestos que ela dedica
Ninguém os resgatam na vida única.
Repetir seus diários
Seus pequenos gestuais
em nada nos prejudica.
Na real, ser Mãe só amor
é uma coisa bendita.
Mas mãe também sente dor.
Fica a dica!
E para curar toda dor,
só com AMOR se medica.
Esse é o que mais ela dá,
Mesmo quando (finge) não esperar
dos amados a recíproca.

Salomão Gomes

quinta-feira, 9 de maio de 2019

COMO UM GIRASSOL NO DIA SEGUINTE



O corpo cansado tenta parar
A mente agitada prossegue
A voz firme insiste em ser ouvida
As mãos dão forma aos pensamentos
Os pés vagarosos passeiam pelas esquinas
Os olhos misturam luz e lágrimas
Corpo e mente se juntam na angústia
O coração apenas ama...
As cores reacendem
E todos os sentidos afloram
Na respiração pausada
O corpo cansado toma fôlego
Como um girassol no dia seguinte
E a vida segue.

Madalena de Jesus