quinta-feira, 27 de outubro de 2011

M DE MULHER: PREMIAÇÃO INTELIGENTE

Vone Santana


Renata Pitombo



O slogan da edição 2011 do M de Mulher não poderia ser mais apropriado: Premiação Inteligente. Nesta quinta-feira (27), no Palácio Fróes da Mota, a partir das 22h, um seleto grupo de 40 mulheres que atuam em Feira de Santana e na Bahia será homenageado na 13ª edição da festa promovida pelo jornalista e produtor cultural Paulo Norberto.

Dentre as homenageadas, a gerente comercial do programa Acorda Cidade, Vone Santana, pelo seu empenho na viabilização do projeto cultural Repórter Mirim por um Dia, que promove a integração dos estudantes com a comunicação e, ao mesmo tempo, beneficia a população carente da cidade.

Outra escolha feliz é a jornalista, professora e escritora Renata Pitombo Cidreira, que acaba de lançar o livro A Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia. Renata tem mestrado e doutorado em Comunicação e Cultura
Contemporâneas (UFBA) e atualmente é professora da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia e coordenadora do grupo de pesquisa Corpo e
Cultura (CNPq).

Madalena de Jesus

PROFESSORAS DA FTC NO M DE MULHER

Cristiane Souza
Cristina Borges



Mais uma vez o trabalho desenvolvido pela FTC Feira é reconhecido
através de premiação. As professoras Cristiane da Anunciação Souza e
Cristina de Souza Borges Goes, dos cursos de Psicologia e Fisioterapia
respectivamente, serão homenageadas nesta quinta-feira (27) com o
troféu M de Mulher.

O evento, em 13º edição, acontece no casarão Fróes
da Mota, a partir das 22h30 e tem como objetivo distinguir a mulher
feirense nos mais variados segmentos. A iniciativa é do jornalista e
produtor cultural Paulo Norberto dos Anjos.

Professora da FTC Feira, Cristiane da Anunciação Souza coordenou o
curso de Psicologia da unidade entre fevereiro de 2010 a junho de
2011. Atualmente, cursa o Mestrado em Educação pela Universidade
Lusófona de Portugal e tem formação em Neuropsicologia do
Desenvolvimento e Aprendizagem pela Associação Bahiana de
Neuropsicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem.

Já a professora Cristina Borges é coordenadora do curso de
Fisioterapia e da Pós-graduação em Fisioterapia Hospitalar da FTC
Feira. Tem mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de
Feira de Santana. É Sanitarista da Vigilância Epidemiológica da
Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana. Atuou como
fisioterapeuta em clínicas e hospitais da cidade.

As informações são da jornalista Socorro Pitombo, que também já foi contemplada com o prêmio M de Mulher.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

RECEITA DE FELICIDADE











Pegue uns pedacinhos de afeto e de ilusão;
Misture com um pouquinho de amizade;
Junte com carinho uma pontinha de paixão
E uma pitadinha de saudade.

Pegue o dom divino maternal de uma mulher
E um sorriso limpo de criança;
Junte a ingenuidade de um primeiro amor qualquer
Com o eterno brilho da esperança.

Peça emprestada a ternura de um casal
E a luz da estrada dos que amam pra valer;
Tenha sempre muito amor,
Que o amor nunca faz mal.

Pinte a vida com o arco-íris do prazer;
Sonhe, pois sonhar ainda é fundamental
E um sonho sempre pode acontecer.

Toquinho

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

AS RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANA















Como acontece desde 2005, quando foi aprovada uma lei de autoria do ex-vereador Renildo Brito, a Câmara Municipal de Feira de Santana realiza neste dia 20 de outubro uma sessão solene para registrar o Dia das Religiões de Matriz Africana. Será às 19h30, com palestras do professor e cineasta POla Ribeiro, coreógrafo e babalorixá Marcos Caribé e pesquisadora Ilisete Silva.

Religiões de matriz africana são aquelas cuja essência teológica e filosófica seja a oriunda das tradicionais religiões vivenciadas no continente africano. Podem ser divididas em dois tipos: as religiões tradicionais africanas e as religiões afro-americanas.

As religiões tradicionais africanas são aquelas praticadas no continente, geralmente em zona rural e atualmente mais ligada às famílias. Cerca de 29% da população africana praticam suas religiões tradicionais, sendo 35% o cristianismo e outros 35% o islamismo. Cerca de 1% pratica outras religiões, incluindo o hinduísmo.

As religiões afro-americanas estão divididas em dois grandes grupos: afro-caribenhas e afro-brasileiras. Nesta última se inclui o Candomblé, a religião afro-brasileira mais conhecida e celebrada, que se expandiu da Bahia para praticamente todos os estados brasileiros.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

CIDA FESTEJA A VIDA EM BARRETOS











Cercada pelos filhos e um pequeno grupo de amigos, que certamente representou a grande quantidade dos que queriam estar lá, inclusive eu, a jornalista Aparecida Machado comemorou seu aniversário em Barretos (São Paulo). Como sempre, em alto estilo: almoço, bolo, passeio em shopping e muita alegria por mais um ciclo de vida que começa.

Lá estavam Osmário Júnior e Ísis, Victor, Matheus, Márcio, a fiel escudeira Iva, mais alguns companheiros do Alojamento Madre Paulina. Aqui, tão distante geograficamente, mas tão perto pela linha do coração, nos unimos em uma corrente de amor, fé e otimismo para brindar com ela essa data que, mais do que nunca, tem um significado especial para todos nós: VIDA!

Madalena de Jesus

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

FELIZ ANIVERSÁRIO, CIDA!











Deus fez os abismos para que o homem compreendesse as montanhas. Fez o fogo para que o homem valorizasse as águas. E fez você para que com Êle descobrisse a vida que há pela sua frente e encontrasse a felicidade. Portanto… Seja Feliz

Ser jovem é um privilégio, ser formosa um patrimônio, ser encantadora tua melhor virtude. É preciso fazer de cada dia uma nova oportunidade de descobertas que a vida oferece a quem nela crê. Que a sua vida seja repleta de emoções alegrias e conquistas.

A vida é um milhão de novos começos movidos pelo desafio sempre novo de viver e fazer todo sonho brilhar. Que a tua vida seja sempre uma soma de vitórias. E que neste dia todas as alegrias do mundo sejam suas.

O ser feliz está sempre em nossas mãos. O surgir de cada dia vem sempre com nova mensagem de esperança. Os nossos melhores dias estão à nossa frente… E mais uma certeza: Um coração que ama será sempre jovem.

Ter uma amiga como você é um tesouro. Obrigada por ser alguém com quem sempre posso falar, meditar e compartilhar minha vida. E como é bom compartilhar momentos especiais com você! Te desejo amor, saúde e alegria.

E MUITOS ANOS DE VIDA!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

RESENHA: A SAGRAÇÃO DA APARÊNCIA














O livro A Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia, da jornalista
Renata Pitombo Cidreira, será lançado no CUCA no próximo dia 19.





O grande diferencial que se percebe no trabalho de Renata Pitombo
Cidreira é o seu domínio sobre uma temática tão complexa, como a moda.

Jornalista, com mestrado e doutorado em Comunicação e Cultura
Contemporâneas (UFBA), atualmente professora da Universidade Federal
do Recôncavo da Bahia e coordenadora do grupo de pesquisa Corpo e
Cultura (CNPq), Renata foi a primeira estudiosa, em Salvador, a levar
o discurso de moda para a academia. Autora de diversos trabalhos
importantes, como Os Sentidos da Moda, publicado em 2005, ela tem como
marca a meticulosidade nas suas investigações e a clareza com que
constrói suas análises.

Na obra A Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia
(Salvador: EDUFBA, 2011), estas características mais uma vez se
evidenciam, no momento em que, fundamentada em conceitos engendrados
por teóricos clássicos e contemporâneos, a autora monta uma pesquisa
cuidadosa, usando a imprensa escrita como fonte para nortear as suas
hipóteses, estabelecendo uma particular e sensível conexão para
enunciar que “moda é comunicação”.

O livro provoca uma série de reflexões no leitor, enquanto historia a
moda na Bahia, através de um extenso levantamento, que teve como
referência os jornais A Tarde e Tribuna da Bahia, entre as décadas de
1970 e 1990 – fase em que o mundo apresenta-se economicamente como um
modelo puro da sociedade de consumo de massa e o desenvolvimento
tecnológico consolidou o Prêt-à-Porter, confirmando o processo da
democratização da moda do vestuário.

Em paralelo, a obra desmistifica a ideia de que “não existe jornalismo
de moda na Bahia”, ao comprovar que, a moda está presente no
jornalismo baiano, desde 1913, quando o Jornal A Tarde dedicou a este
tema um espaço, em uma das suas quatro páginas.

Inclusive, através dos diversos textos jornalísticos arrolados, alguns
transcritos nesta obra, é possível observar, durante o século XX, uma
transformação na formatação das suas estruturas literárias e,
curiosamente, constata-se que muitos informaram ao leitor além das
tendências das estações que se seguiriam: comentavam sobre a
importância da “aparência”, questionando sobre as “estruturas de
pensamento vigentes na sociedade”.

Trata Renata, ainda, do surgimento da moda enquanto sistema e constata
que a instalação desta dinâmica “só se efetiva porque os meios de
comunicação se apropriam dos elementos característicos da moda e
passam a reverenciar valores como sedução, novidade, renovação, prazer
imediato, etc.”

Além de oferecer uma leitura agradável, o livro traz uma grande
contribuição no momento em que a autora faz análises interpretativas
dos textos jornalísticos, confrontando-os às teorias inicialmente
citadas, e abre espaços para novas discussões de “questões relativas,
não só ao jornalismo de moda na Bahia, mas também à própria Moda,
enquanto fenômeno cultural autônomo.”

Uma das poucas edições baianas que aborda questões outras no viés da
moda, o livro A Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia,
além de uma referência para os pesquisadores das áreas de moda e de
comunicação, é recomendado para todos aqueles que tenham interesse em
uma boa leitura.

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Márcia Couto Mello
Doutora em Arquitetura e Urbanismo (UFBA), professora e coordenadora
do Curso de Especialização em Moda, Artes e Contemporaneidades

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

REPÓRTER MIRIM, SHOW DE QUALIDADE















É difícil saber quem realmente foi o melhor, na 11ª edição do Concurso Repórter Mirim Por Um Dia. Ao todo foram nove ganhadores, três em cada categoria. Os primeiros colocados de cada categoria ganharam como prêmio um computador. Para os demais, a premiação foi em dinheiro.

A festa de premiação da 11ª edição aconteceu na casa de show Garage, na manhã do feriado do Dia das Crianças. Mas o show foi mesmo no programa Acorda Cidade, no início da manhã, com a apresentação das matérias classificadas. Os temas escolhidos, a condução da entrevista e a postura das crianças e adolescentes.

O projeto é uma iniciativa de Vone Santana, que se dedica de corpo e alma todos os anos na organização do concurso e, claro, da festa. Além de promover a alegria da garotada, o evento proporciona arrecadação de alimentos para entidade assistencial. Tudo isso com a marca do Acorda Cidade, comandado por Dilton Coutinho.

OS VENCEDORES

CATEGORIA 6 A 10 ANOS

1º lugar
Amanda Passos Portugal, 10 anos, Escola João Paulo I
Tema: PROERD
2º lugar
João Lucas Aquino Fraga, 10 anos, Escola João Paulo I
Tema: O mundo do pré-adolescente
3º lugar
Ana Clara de Oliveira e Silva, 8 anos, Escola João Paulo I
Tema: Alimentação Saudável

CATEGORIA 11 A 14 ANOS

1º lugar
Matheus Guimarães Costa, 14 anos, Colégio Nobre
Tema: Homofobia
2º lugar
Larissa França de Figueiredo Estrela, 11 anos, Colégio Padre Ovídio
Tema: Acessibilidade para Pessoas com Necessidades Especiais
3º lugar
João Pedro Bastos Bella Vieira, 11 anos, da Escola João Paulo
Tema: Acordando a População Masculina para o Câncer de Próstata

CATEGORIA 15 A 17 ANOS

1º lugar
Jaqueline de Oliveira Ferreira, 15 anos, do Colégio Padre Ovídio Tema: Automutilação
2º lugar
Emerson Silva Serra, 16 anos, Colégio Luís Eduardo Magalhães
Tema: Nanotecnologia
3º lugar
Miguel Ângelo Bispo Oliveira, 17 anos, Colégio Luís Eduardo Magalhães
Tema: Violência Contra a Mulher

Madalena de Jesus

As fotos são do Acorda Cidade

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DEZ VEREADORES DE FEIRA MUDARAM DE PARTIDO















Dos 21 vereadores de Feira de Santana, 10 mudaram de partido este ano com vistas à reeleição em 2012. Com isso, a composição político-partidária hoje da Câmara de Feira de Santana está completamente modificada, o que poderá provocar mudanças internas, inclusive nas comissões, se forem levados em consideração os acordos de bancadas para composição das mesmas.

Entre os vereadores que mudaram de partido estão o presidente da Casa, vereador Antônio Francisco Neto (Ribeiro) que saiu do Democratas e ingressou no PDT, partido também do prefeito de Feira de Santana, Tarcízio Pimenta.

Permaneceram nos mesmos partidos vereadores como Maurício Carvalho, líder do governo na Cämara e o vereador Ailton Mô. O primeiro manteve-se no PR, e Mô não saiu do PSDB.

As informações são do Blog da Feira

TENHO QUE IR...

Parece inacreditável. Após mais de três décadas exercitando a escrita das mais variadas formas e diariamente, me vejo diante de uma folha em branco sem saber o que dizer. Ou melhor, o que escrever. Não adianta procurar as palavras certas, porque na verdade não existem palavras certas para descrever com absoluta exatidão o que estou sentindo neste momento. Aliás, nos últimos dias.

Foram três anos de convivência, mas o tempo perde a dimensão quando a questão é a construção de laços. E como construí laços com todos vocês! Lembro o meu primeiro contato com a FTC, quando esse campus era apenas um sonho do professor Josué Mello e, como jornalista, acompanhei do lançamento da pedra fundamental a todas as etapas da construção e, enfim, a inauguração.

O destino e minha amiga querida Socorro Pitombo decidiram que, a partir de setembro de 2008, esse campus se tornasse um lugar especial. Em pouco tempo eu já transitava em todos os setores, como se estivesse em minha própria casa. Mas confesso que de tudo que vivi ao longo desses três anos, trabalhar com Socorro Pitombo foi a melhor parte. É um aprendizado constante de como se fazer o melhor jornalismo.

Estou me afastando da FTC Feira porque desde maio deste ano assumi a Diretoria de Jornalismo da Secretaria Municipal de Comunicação Social (Secom), atividade que requer os dois turnos de trabalho. Por algum tempo tentei conciliar, mas na prática acabou ficando inviável. Estou fazendo o que acredito ser melhor para minha vida profissional.

Não posso deixar de agradecer a todos que fazem parte da família FTC, o que faço em nome do professor Heraldo Morais, a quem devo respeito, admiração e muita gratidão pelo tratamento recebido durante minha estada na casa. E só me resta agradecer, de coração, o carinho recebido.

Levo comigo a certeza do dever cumprido e agradeço imensamente a atenção, o respeito e o carinho que recebi nessa jornada. Espero ter retribuído à altura o tratamento dado ao meu trabalho por todos vocês, grandes parceiros dessa labuta diária que é fazer assessoria de comunicação.

Com respeito e carinho,

Madalena de Jesus

mada-po@hotmail.com

(75) 9133.7138/8129.9577/8853.4033

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

CARTA PARA RENATO ARAGÃO, O DIDI











Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências).Achei que as cartas não deveriam sem endereçadas à mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido as suas solicitações. Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e te escrever uma resposta.

Não foi por "algum" motivo que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos). Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação.

Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Esse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não. Eu não sou ministra da educação, não ordeno as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula. A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família. Trabalhei muito e, te garanto, trabalho não mata ninguém. Estudei na escola da zona rural, fiz supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro empresária.

Didi, talvez você não tenha noção do quanto o Governo Federal tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. Os impostos são muito altos!Sem falar dos impostos embutidos em cada alimento, em cada produto que preciso comprar para minha família.

Eu já pago pela educação duas vezes: pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, porque a escola pública não atende com o ensino de qualidade que, acredito, meus dois filhos merecem. Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais. O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores, dessa dinheirama toda, não tem a educação como prioridade. O dinheiro está saindo pelo ralo, estão jogando fora, ou aplicando muito mal.

Para você ter uma idéia, na minha cidade, a alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 3,82 (três reais e oitenta e dois centavos) enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos)! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda?

Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você. É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria se endereçada à Presidência da República.
É quem tem a chave do cofre. Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ela faça o que for necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

No último parágrafo da sua carta, mais uma vez, você joga a responsabilidade para cima de mim dizendo que as crianças precisam da "minha" doação, que a "minha" doação faz toda a diferença. Lamento discordar de você Didi. Com o valor da doação mínima, de R$ 15,00, eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês ou posso comprar pão para o café da manhã por 10 dias.

Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas R$ 15,00 eu não vou doar. Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família.
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer não para quase tudo que meus filhos querem ou precisam?

Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida.Você acha isso justo? Acredito que não. Você é um homem de bom senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.

Outra coisa Didi, mande uma carta para a Presidência pedindo para ela selecionar melhor os professores. Só escolher quem de fato tem vocação para o ensino. Melhorar os salários, desses profissionais, também funciona para que eles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação. Peça para também fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso tem sim! Diga para o governo priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.

Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando…

Eliane Sinhasique – Mantenedora Principal dos Dois Filhos Que Pari
Jornalista/Radialista e Publicitária atuante em Rio Branco-Acre há mais de 19 anos.
Repórter especial do jornal "A Gazeta" e apresentadora do programa "Toque Retoque" da Gazeta FM 93,3

A SAGRAÇÃO DA APARÊNCIA



Moda, mídia e cultura na obra de Renata Pitombo

Quem diria. Nos idos de 1913 jornais baianos já dedicavam colunas com
informações sobre moda. Essa constatação foi possível graças à
pesquisa da jornalista Renata Pitombo e pode ser conferida no livro A
Sagração da Aparência: o jornalismo de moda na Bahia, com lançamento
agendado para as 19h30 do dia 19 deste mês, no Centro Universitário de
Cultura e Arte (Cuca). O livro contém 227 páginas e traz o selo da
Editora da Universidade Federal da Bahia (Edufba).

Além dessa verificação histórica, a pesquisa revela ainda as
transformações provocadas pelo tema moda no jornalismo, “como a
mudança no modo de receber a notícia, que além de informar precisa
seduzir, bem como uma nova cultura da feminilidade”, ressalta a
autora. Segundo ela, a publicação destaca dois aspectos relacionados à
moda: a teoria e a prática jornalística.

Inicialmente, a obra recupera a discussão conceitual sobre o fenômeno
da moda, estabelecendo algumas considerações sobre as relações entre a
indumentária e a comunicação. Num segundo momento, desenvolve pesquisa sobre as matérias jornalísticas, a fim de perceber como se dá a
apropriação da moda pelos meios de comunicação. Toma como referência
os registros dos jornais A Tarde e Tribuna da Bahia, entre as décadas
de 70 e 90.

A noite de lançamento contará com recital do grupo Mínima Música,
composto por Monclar Valverde (voz, sax, violão, piano e composições)
e Tiago Medeiros (baixo, violão, piano e composições). Com esta
formação, o grupo privilegia o trabalho autoral, sem deixar de lado
clássicos da música instrumental e Bossa Nova. Com outra formação, o
grupo já se apresentou no teatro do Cuca em novembro de 2010,
mostrando suas próprias versões de consagrados Standards do Jazz
americano.

Renata Pitombo é jornalista e doutora em Comunicação e Cultura
Contemporâneas (UFBA). Cursou pós-doutorado em Sociologia no Centro
de Estudos sobre o Atual e o Cotidiano, da Université René Descartes
(Paris V- Sorbonne), em 2011. Coordenou o curso de Graduação em
Comunicação e Produção de Moda da Faculdade de Tecnologia e Ciências
(FTC) Salvador, entre 2003 e 2006. Atualmente é professora adjunta da
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), coordena o grupo de pesquisa Corpo e Cultura (CNPq) e é autora de Os Sentidos da Moda
(Annablume, 2005).

O texto é da jornalista Socorro Pitombo.