quarta-feira, 31 de agosto de 2011

BONS AMIGOS
















Texto lido no programa Um Toque de Mulher de 27.08.2011.



Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!


Machado de Assis

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

VIOLA, MINHA VIOLA



Valorizar e manter viva a cultura de raiz. Esses são os objetivos do Festival de Violeiros do Nordeste, que acontece há 37 anos em Feira de Santana. Este ano, as apresentações vão ocorrer no próximo sábado (27), no Mercado de Arte Popular, às 20 horas. A entrada é gratuita.

O evento é promovido pela Associação dos Violeiros e Trovadores da Bahia (AVTB) em parceria com a Prefeitura Municipal e apoio cultural da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).

De acordo com o presidente da associação dos violeiros e organizador do evento, João Ramos, estão confirmadas as participações de seis duplas de diversos estados.

“O repentista é a maior expressão da cultura nordestina. Durante o festival, o público irá conferir a apresentação de cantadores de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Piauí e da Bahia. Destas duplas apenas duas já marcaram presença em nosso festival”, informa João Ramos, que irá se apresentar juntamente com Caboquinho na abertura do evento.

Os competidores contarão com quatro participações de cinco minutos cada, com temas escolhidos através de sorteio, sendo a última etapa de tema livre e sem pontuação. Três julgadores convidados serão os responsáveis pelas notas.

João Ramos destaca que os violeiros são convidados e não há uma inscrição aberta por se tratar de um festival profissional, “para preservar o nível técnico, a capacidade dos competidores”. A premiação é feita com a entrega de troféus e cachês.

ABERTO DO CUCA: OVERDOSE DE CULTURA




Sem dúvida, foi um grande desafio levar o grande público para o Centro
Universitário de Cultura e Arte (Cuca), durante todo um dia para
participar das mais variadas manifestações de arte. Mas o desafio foi
vencido. O Aberto, idealizado para comemorar o aniversário do Cuca,
cresceu, se consolidou, e à cada ano traz mais novidades.

Já em quinta edição, o evento será realizado em 16 de setembro, das 8
às 23horas. As atividades serão realizadas no Cuca, na praça da Matriz
e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), com entrada franca. A proposta
é abrir espaço para as pessoas que trabalham com arte e cultura nas
mais diferentes linguagens, além de sinalizar para a comunidade que o
Cuca/Uefs é totalmente aberto a todas as manifestações de cunho
artístico e cultural.

O público terá a oportunidade de assistir e também participar das mais
diferentes atividades que serão oferecidas nesses dia, durante 15
horas seguidas,nas diferentes modalidades: Música, dança, teatro,
artes visuais, cultura popular e ciências. O Aberto 2011 contará com
a participação da Cia Cuca de Teatro, Núcleo de Dramaturgia Corporal,
alunos das oficinas de teatro e artistas feirenses.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

VENCEDORES DO XI CONCURSO FEIRENSE DE FOTOGRAFIAS

Categoria Profissional






Categoria Amador











Os vencedores do XI Concurso Feirense de Fotografias foram divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Sindicato dos Fotógrafos Profissionais de Feira de Santana (SINDFOFS). Foram premiados 10 participantes, entre amadores e profissionais.

Na categoria amador, o primeiro colocado foi Luciano Boaventura Nunes da cidade de Conceição do Coité; o segundo lugar foi Fernando Sampaio Alves de Feira de Santana. O terceiro e quartos lugares ficaram com a Rafael Barreto Vieira e Liluide Cruz Pereira, ambos de Feira de Santana. Ramon Souza Mamona, também de Feira, foi classificado como quinto colocado.

Entre os profissionais, a primeira posição foi conquistada pelo fotógrafo Antonio Carlos Santos Vieira de Feira de Santana, que também foi premiado com o terceiro lugar, concorrendo com outro trabalho. A segunda colocação ficou com José Angelo Pinto, também de Feira de Santana e o quarto lugar foi para Cid Costa Neto de Belo Horizonte, Minas Gerais. Luiz Osvaldo Mascarenhas ficou com o quinto lugar.

A solenidade de premiação dos vencedores será realizada na próxima segunda-feira (22), às 18h30, no Center Photos, situado na avenida Getúlio Vargas, nº 361. As fotografias vencedoras ficarão expostas até o dia 31 de agosto no Museu Parque do Saber. A exposição de fotografias é alusiva ao Dia Mundial da Fotografia, comemorado nesta sexta-feira (19). A data marca os 171 anos de descoberta ou invento da fotografia

O concurso organizado pelo Sindicato dos Fotógrafos Profissionais de Feira de Santana (Sindfofs), contou este ano com a participação de mais de 100 fotografias de diversos estados como Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e de diversos municípios baianos como Feira de Santana, João Dourado, Salvador e Conceição do Coité.

Para o presidente do Sindicato dos Fotógrafos, Antonio Carlos Magalhães, nesta edição do concurso foram apresentadas fotografias de extrema qualidade artística. “A fotografia para o profissional não é só trabalho, mas uma maneira de expressar a sua arte”, ressalta.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

QUEM SABE, SABE


Por Madalena de Jesus 














Dia desses surgiu uma dúvida durante conversa com um amigo, também da área de comunicaçã,o sobre a palavra terraplenagem. Ou seria terraplanagem? Pois é, a dúvida era exatamente essa. De pronto eu apelei para a velha estratégia: “Não tenho certeza, mas acho que as duas formas estão corretas”. O fato é que eu achava mesmo. A consciência doeu. Não tanto pelo fato de ser jornalista. Poxa vida, sou professora – e de Português e Literatura, ainda por cima – e não fica nem bem continuar na dúvida. 

Fui à luta, quer dizer, à pesquisa. E sabe o que encontrei? Vou reproduzir textualmente o que está lá no site deamorim.com.br: “A forma preferencial do termo é terreplenagem, no entanto devido ao fato do processo de encher de terra uma depressão ou escavar áreas mais elevadas se relacionar diretamente com tornar plano um terreno, a palavra terraplanagem aparece em alguns dicionários da língua portuguesa como uma variante popular de terraplenagem”. 

E mais. O site explica que “terraplenagem é o ato de terraplenar, logo, é escavar ou encher de terra uma área, deixar o terreno aplainado ou em platôs bem definidos. Esta operação consiste em um conjunto de operações de escavação com transporte, espalhamento e compactação de terras. Tem como objetivo atender projetos topográficos, movimentando quantidades de solo para reforçá-lo ou torná-lo seguro”. Moral da história: Quem sabe, sabe; quem não sabe vai pesquisar para aprender.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A CULTURA VAI ÀS RUAS












A foto é de Gleidson Santos.



Para os insistentes na ideia de que Feira de Santana não tem cultura, a resposta veio em forma de um belo e movimentado desfile que tomou conta da avenida Getúlio Vargas na manhã de domingo (21).

A XII Caminhada do Folclore reuniu as mais variadas formas de manifestações culturais. Samba de roda, bumba-meu-boi, capoeira, reisado, repentes foram algumas dentre as muitas linguagens levadas para a rua.

Foram 106 grupos folclóricos ao todo. No desfile e na platéia, gente de todas as idades para ver de perto a valorização da cultura regional. O gosto é de comemoração do Dia do Folclore (22 de agosto).

A iniciativa é da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), através do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), com apoio da Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Fundação Cultural Municipal Egberto Tavares Costa.

OBSTINADA PELA VONTADE DE VIVER











Flailton Frankles ao lado de Cida e Victor, na Pousada Madre Paulina, em Barretos (SP)


'Voltei fortalecido e espero que nosso encontro tenha feito a ela o bem que fez a mim'. A declaração carregada de emoção é de Flailton Frankles, que na semana passada esteve em Barretos para visitar a jornalista Aparecida Machado, que se encontra em tratamento de um câncer naquela cidade.

Flailton Frankles diz que tem fortes vínculos de amizade com Cida e conta que passou pouco mais de uma hora com ela, no intervalo entre compromissos de trabalho no estado de São Paulo. O objetivo da visita, segundo ele, foi levar esperança, fé, otimismo e, sobretudo, muito carinho.

Mas, durante o pouco tempo que estiveram juntos, Flailton afirma que Cida precisava apenas do último item da lista. “Ela está em paz, obstinada pela cura e pela vontade de viver”, ressalta o amigo que sempre contou com o apoio de Cida na sua atividade profissional, seja na 3ª Ciretran, no Tribunal de Justiça e na Polícia Militar. Eles visitaram a Capela de Madre Paulina onde oraram pelo seu retorno.

Por Madalena de Jesus

domingo, 21 de agosto de 2011

SE ESCOLA FOSSE ESTÁDIO E A EDUCAÇÃO FOSSE COPA









Jorge Portugal é educador, poeta e apresentador de TV. Idealizou e apresenta o programa "Tô Sabendo", da TV Brasil.

Passeio, nesses últimos dias, meu olhar pelo noticiário nacional e não dá outra: copa do mundo, construção de estádios, ampliação de aeroportos, modernização dos meios de transportes, um frenesi em torno do tema que domina mentes e corações de dez entre dez brasileiros.

Há semanas, o todo-poderoso do futebol mundial ousou desconfiar de nossa capacidade de entregar o "circo da copa" em tempo hábil para a realização do evento, e deve ter recebido pancada de todos os lados pois, imediatamente, retratou-se e até elogiou publicamente o ritmo das obras.

Fiquei pensando: já imaginaram se um terço desse vigor cívico-esportivo fosse canalizado para melhorar nosso ensino público? É... pois se todo mundo acha que reside aí nossa falha fundamental, nosso pecado social de fundo, que compromete todo o futuro e a própria sustentabilidade de nossa condição de BRIC, por que não um esforço nacional pela educação pública de qualidade igual ao que despendemos para preparar a Copa do Mundo?

E olhe que nem precisaria ser tanto! Lembrei-me, incontinenti, que o educador Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação e hoje senador da República, encaminhou ao Senado dois projetos com o condão de fazer as coisas nessa área ganharem velocidade de lebre: um deles prevê simplesmente a federalização do ensino público, ou seja, nosso ensino básico passaria a ser responsabilidade da União, com professores, coordenadores e corpo administrativo tendo seus planos de carreira e recebendo salários compatíveis com os de funcionários do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal. Que tal? Não é valorizar essa classe estratégica ao nosso crescimento o desejo de todos que amamos o Brasil? O projeto está lá... parado, quieto, na gaveta de algum relator.

O outro projeto, do mesmo Cristovam, é uma verdadeira "bomba do bem". Leiam com atenção: ele, o projeto, prevê que "daqui a sete anos, todos os detentores de cargo público, do vereador ao presidente da República serão obrigados a matricular seus filhos na rede pública de ensino". E então? Já imaginaram o esforço que deputados (estaduais e federais), senadores e governadores não fariam para melhorar nossas escolas, sabendo que seus filhos, netos, iriam estudar nelas daqui a sete anos? Pois bem, esse projeto está adormecido na gaveta do senador Antônio Carlos Valladares, de Sergipe, seu relator. E não anda. E ninguém sabe dele.

Desafio ao leitor: você é capaz de, daí do seu conforto, concordando com os projetos, pegar o seu computador e passar um e-mail para o senador Valadares (antoniocarlosvaladares@senador.gov.br) pedindo que ele desengavete essa "bomba do bem"? É um ato cívico simples. Pela educação. Porque pela Copa já estamos fazendo muito mais.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

COLBERTZINHO E A DIGNIDADE QUE MERECE RESPEITO
















Por Jozailto Lima, jornalista e poeta



O exercício de quase 30 anos de jornalismo fundou em mim, e geralmente em todos os meus companheiros desta atividade, uma concepção de que a defesa é algo bem difícil. Imprudente. Fomos preparados para viver da suspeição, do erro alheio e da sua exposição. Não por mero masoquismo, mas pela presunção de que o erro exposto ajuda a corrigir rumos e evitar os danos da sua repetição. Infelizmente, ou felizmente, esta é a anatomia elementar da atividade. Jornalismo gracioso é a coisa mais desengraçada do mundo. Não serve a ninguém, nem a nada.

Faço este preâmbulo para dizer que incomodou-me, constrangeu-me e desagradou-me a notícia da prisão do cidadão e homem público Colbert Martins da Silva Filho, que está eventualmente secretário Nacional de Desenvolvimento de Programas do Ministério de Turismo. Incomodou-me porque Colbert Filho não é da laia dos homens que se deixem enquadrar em práticas que lhe valham uma prisão. Uma detenção qualquer.

E ao fazer esta revelação, dou-me a uma rara concessão jornalística da escrita em defesa. Mas não me dói na consciência fazê-lo. Quem conhece Colbertzinho, desde a cepa paterna do Colbertzão pai dele, sabe que é homem de caráter bom. De ação ética. Um camarada tão curtido a bons princípios políticos que, às vezes, constrói dificuldades até contra ele mesmo, de tão austero que é. De tão retilíneo como se põe e posta frente a certos atos da política, o que talvez justifique o fato de ele nunca ter chegado, ao contrário de seu pai, a ser prefeito de Feira de Santana – cargo que lhe é devido.

Sei, à distância, porque vivo hoje em Aracaju, Sergipe, depois de 11 anos nesta boa terra feirense que foi meu primeiro berço jornalístico, que os habitantes desta fantástica cidade e dos demais municípios baianos onde Colbertzinho é conhecido e votado como candidato a deputado federal, devem ter se contrariado sobremaneira com a prisão dele – já devida e tardiamente relaxada.

E não é para menos: quando algo de ruim e ilógico acontece a alguém de bem, as demais pessoas de bem se ofendem. Sentem-se aviltadas. Sou capaz de apostar que neste momento as lideranças notáveis do seu oposto em Feira, como José Ronaldo de Carvalho, ou Tarcísio Pimenta (com quem não convivi em minha estada por aqui), devem estar chateadas e não felizes com o que ocorreu a Colbertzinho. Porque discordam da ação da polícia. E porque sabem que ele não é gestor de ir pelo caminho errado.

Colbert Martins da Silva Filho pagou um preço caro porque o braço do Ministério do Turismo que ele representa desembolsou R$ 900 mil para resgatar uma fatura que não deveria ter sido paga. É grave, sim. Mas todos nós gestores, eu o sou, como diretor de Jornalismo de um jornal grande, corremos o risco de apor uma assinatura numa coisa que não seja bem calçada. Não deve ocorrer, mas ocorre. Sou capaz de colocar a mão no fogo que Colbertzinho não fez aquilo com intenção dolosa. Com propósito de lesar o erário. De tirar vantagem. Porque seria um ato que macularia a sua história. E por ela, ele vela bem.

Portanto, o erro da sua pasta, e que seja lá dele, deveria ter sido tratado com outro rigor. Corrigido internamente. Reposto ao erário aquilo que do erário jamais deveria ter saído. Nunca e nem jamais serei contra a que se combata a corrupção e os corruptos. Aliás, nisto o Governo Dilma Rousseff está sendo exemplar, muito mais ativo do que o de Lula - sem querer entrar no mérito das ações que tentam opor um ao outro. Mas é preciso olhar na cara do trigo e não confundi-lo com o joio. Colbert Martins da Silva Filho não merece isto, porque não tem a menor simetria e nem familiaridade com a corrupção.

Celso Leal, procurador da República, parece ter chegado atrasado quando diz que não houve provas robustas contra este feirense. Este tipo de constatação tardia engendra mais injustiça do que justiça. Ora, se não havia robusteza, por que houve a prisão? Para o mero exercício da exposição pública? Vivemos ainda o tempo em que se dá o soco e depois pergunta-se quem é mesmo o agredido?

É claro que, deste episódio todo, deve ficar um travo amargo no extrato do espírito de Colbertzinho, um sujeito que passou batido legalmente por toda uma vida. E fica ainda a constrangimento dos familiares e dos amigos, embora devamos todos, sem complexo de Pollyanas, admitir que quando se perpetra uma injustiça contra uma pessoa justa, esta se faz mais justa ainda. Naturalmente os amigos, Colbertizinho, saberão apagar as marcas desta desastrosa ação, mesmo porque ela se fez sobejamente desnecessária, abusiva e ofensiva. Bom repouso. Retoque os riscos da alma e reponha de volta as mulas no caminho da marcha.

Jozailto Lima é diretor de Jornalismo do jornal Cinform, em Aracaju, Sergipe. Ele foi repórter de Política do Feira Hoje por oito anos (de 1983 a 1990) e trabalhou na TV Subaé. jozailto@conform.com.br ou jozailto@terra.com.br.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

ESSE COLBERT É SANTO?












Por Levi Vasconcelos




Andando pelos corredores da Câmara semana passada, o jornalista Walter Xéu encontrou colegas que atuam em Brasília:

- Walter, me diga uma coisa: esse Colbert é santo?

- Não. Quando está invocado passa e não fala com ninguém, não é de dar tapinhas nas costas e nem de sair distribuindo beijinhos com o povão. Politicamente é pé duro, mas não é ladrão.

O episódio reflete o misto de perplexidade (e incredulidade) que invadiu os que conhecem Colbert Martins, preso e algemado pela Polícia Federal pouco mais de três meses depois de assumir o cargo de secretário Nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo do Ministério do Turismo.

Teria Colbert Martins, pessoa que pautou toda a vida pela seriedade no que contrata ou combina, virado corrupto nesse curto espaço de tempo?

Quando a Polícia Federal apareceu na frente dos jornalistas, em Brasília, a pergunta (cada jornalista tem direito a uma) saiu de bate pronto: como é que a investigação vem desde 2009 e Colbert, que tem apenas três meses no cargo, pode estar envolvido?

Resposta do porta voz da PF:

- Não vou falar sobre isso porque o processo corre em segredo de justiça.

Em suma, só havia um caminho, acreditar nele. Não deu. Em Feira, terra de Colbert, a mídia e o mundo político afiançaram pela honradez do acusado. Em Brasília, líderes de todos os partidos no mínimo manifestaram solidariedade, às vezes criticando a ação da PF, outras duvidando da veracidade dos fatos expostos na mídia.

Em qualquer caso, o consenso sobre um velho debate que voltou à tona: o exagero. Exibir para a mídia um Colbert algemado indignou a própria presidenta Dilma, que qualificou o episódio de 'um acinte'.

Se Dilma ficou indignada, por que não evita tais situações? Presidente só prende gente em ditaduras. Num regime democrático, quem prende é a polícia. Ela fez o que julgou que podia, mandou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que é quem comanda a PF, falar para 'conter os excessos'.

A indignação presidencial de nada adiantou, ao que parece. Na sequência, a PF deixou vazar fotos de Colbert e outros implicados nus, ostentando no peito aqueles números que os carimbam com o fichário de bandidos.

O episódio suscita algumas reflexões.

Não que se queira preservar autores de crimes de colarinho branco, mas cabe perguntar: é preciso algemar pessoas que nunca usaram um alfinete como arma, gente que não ofereceria resistência a uma ordem de prisão, e exibi-las para os fotógrafos?

Partindo-se da presunção de que a ação foi absolutamente correta, dentro dos rigores da boa prática policial, em tais casos, impõe-se a execração pública. Talvez por ser o Brasil como é – um país em que a Justiça, com o seu emaranhado de possibilidades processuais, parece extremamente generosa com acusados de crimes de colarinho branco (quase sempre resultam em impunidade) –, seja esta a única punição efetiva.

VAZAMENTO QUE CONVÉM

A polícia aí estaria aí acusando e punindo. Satisfaz a alguns. Todavia, como é que fica quando a polícia, por imperícia ou seja lá o que for, está errada? Quando humilha, execra, bota o carimbo de bandido, mas não prova o que diz?

No caso Colbert, ante o clamor geral, a PF usou uma estratégia também conhecida. Driblou o tal segredo de justiça deixando vazar algumas informações na tentativa de incriminá-lo midiaticamente. Só a título de ressalva, bom lembrar que tais vazamentos são por si duvidosos. Não se dá acesso à plenitude do inquérito e sim apenas ao que convém ao 'vazador'.

Veja o trecho do que vazou do relatório:

"Abadia, assessora de Colbert, fala sobre o cancelamento de convênios (com dinheiro de restos a pagar) de 2007, 2008 e 2009 que ainda não iniciaram. Colbert afirma que precisa analisar os de 2009 para decidir quais serão realmente cancelados, citando alguns exemplos, entre eles o Amapá 2, dizendo que seria problemático cancelar, pois seria do interesse de Sarney. Conclui-se, assim, que o período analisado ajudou a desvelar os motivos pelos quais os funcionários do Ministério do Turismo não acompanharam devidamente a execução do convênio sob investigação, deixando ocorrer várias irregularidades em sua execução".

Em termos políticos, mostra um Colbert preocupado em preservar os interesses de Sarney, presidente do Senado e senador pelo Amapá, o Estado dos implicados. Em termos criminais, não diz nada.

O próprio Sarney, ao ser abordado, disse que o problema não era político e sim de polícia. Não é só. Agora é de justiça também. E aí se desnuda outra situação: o procurador da República, Celso Leal, admitiu não incluir na sua denúncia Colbert e o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés: 'Não haveria provas robustas'.

Como já indagado acima, e agora, como fica? Colbert e o Mário ficam com o prejuízo moral e ponto? A regra tem sido essa, o humilhado fica com a sua humilhação.

ESTRAGO RECONHECIDO

A PF já tem no seu currículo um largo cabedal de operações que renderam mais holofotes do que resultados práticos. E em muitas, fez vítimas inocentes. Em abril último, o juiz federal Nelson Gustavo Mesquita Ribeiro Alves, de Santa Catarina, condenou a União a pagar R$ 50 mil de indenização por danos morais ao empresário Roberto Carlos Castagnaro, preso e acusado de lavagem de dinheiro e associação para o tráfico de drogas em 2006.

Na sentença, o magistrado diz: "Apesar de toda a exposição midiática negativa sofrida pelo autor, o Ministério Público Federal não encontrou elementos probatórios da prática do crime de lavagem de dinheiro e pugnou pela sua absolvição".

Claro que R$ 50 mil não pagam o estrago moral. Mas é o primeiro caso de reconhecimento judicial dos excessos da PF, o que deveria servir de lição para uma instituição tão acreditada, que desserve a si e à sociedade quando comete erros a esse ponto.

Da PF espera-se, como polícia de escol, que uma acusação seja robusta o suficiente para gerar ação judicial de densidade induscutível. A própria Operação Voucher virou um exemplo maldito. Havia falcatruas no Ministério do Turismo? Pelo que diz a PF, e disso não se pode duvidar, claro que sim. Os responsáveis devem ser responsabilizados e punidos? Também é óbvio. Mas na Bahia, o que dominou as atenções foi o caso Colbert, com fortes indicativos de ter sido vítima de mais uma injustiça.

Ou seja, só foi apanhado, preso e algemado porque estava lá no cargo.
Faltaram investigações específicas que o incriminassem ou não. Passou o que passou apenas por assinar papéis de processos de pagamento que já estavam em andamento desde muito antes dele estar lá. Os bandidos de fato e de direito acabam se beneficiando com os injustiçados.

Da mesma forma que a PF bota todos no mesmo balaio, a sociedade dá a recíproca à altura. Passa a duvidar de tudo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

SER PAI










Mensagem lida no programa "Um Toque de Mulher", no dia 13.08.2011


Ser pai não é apenas gerar vidas.
Ser pai é muito mais, é estar ali, presente, marcando todos os momentos e contribuindo para a alegria da família.

Ser pai é participar, regando com carinho, amor e atenção, o fruto novo que necessita de cuidados para que possa se desenvolver e crescer saudável.

Ser pai é acompanhar todos os passos do filho, oferecendo, além de carinho e amor, segurança, bem-estar, educação e lazer.

Ser pai é conduzir o filho pelas veredas da vida, apontando o que é bom e o que é ruim. Ensinando que a vida é tão boa de se viver, e que cabe a nós dar rumo certo a ela.

Ser pai é promover o ensinamento e a educação da fé, mostrando a bondade e o amor de Deus para com a humanidade e que podemos e devemos imita-lo, sendo seus seguidores e promotores da paz.

Ser pai é ser amigo, companheiro, compreensivo e confidente, é saber escutar com o coração aberto. É estender a mão, não só na alegria, mas, principalmente nas adversidades.

Ser pai é carregar o filho no colo, brincar, correr, pular. É encher de alegria o pequenino ser. É também corrigir, sem, contudo, ofender a integridade física, fazendo com que o filho aprenda a ter respeito e não medo.


Ser pai é amar de corpo e alma, assim como Deus ama a cada um de nós, seus filhos. Ser pai é enxergar no sorriso do filho, uma bênção de Deus e a alegria da vida.

Ser pai é saber, juntamente com o filho, pintar a vida com as cores da felicidade. Ser pai é entender a criação como obra-prima de Deus e um presente Dele para conosco.


(Wilson Carlos Roberto)


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

E SE NÃO FOSSE COLBERT?


Por Roberta Costa, jornalista

Diante da prisão do ex-deputado federal Colbert Martins da Silva Filho e da defesa total de quase toda a comunidade feirense (leia-se, jornalistas, empresários e políticos), alguns fatos me chamaram a atenção, como o questionamento da ação da Polícia Federal (PF).

Até o momento, no ano de 2011, a PF fez 141 operações em todo o Brasil, totalizando 923 prisões, sendo 137 de funcionários públicos e 4 de policiais federais. Na Bahia, foram 7 operações. As operações Radar e Susto, em Ilhéus, com quatro presos. A operação Monte Pascoal em Salvador, Serrote e Caroá II, em Juazeiro, com quatro presos, além das operações Cerco Fechado, com 21 presos e Bancarrota, com 15 presos. A operação Bancarrota expediu mandatos de prisão preventiva em Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos. Em todas as operações, ela utiliza o mesmo padrão de abordagem.

Sobre as algemas: é fato que a utilização das algemas, em alguns casos, é necessária, mas não pode ser feita de forma indiscriminada e sem critério. O Plenário do Superior Tribunal Federal (STF) aprovou em 2008, a 11ª Súmula Vinculante, consolidando jurisprudência da Corte, prevendo a aplicação de penalidades se houver abuso físico e moral do preso. Leia a íntegra do texto:

Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

O que acontece é que esse caso só causa discussões quando nomes importantes do cenário político nacional são presos. É preciso que se tenha uma regulamentação específica, para extinguir as interpretações tendenciosas sobre o tema. Enquanto isso não acontece, ora as algemas são vistas como fundamentais e, em outros momentos, ela é vista como símbolo de repressão, dependendo de quem foi preso.

Voltando a falar de Colbert, sua prisão contradiz todo o seu histórico político. Filho de Colbert Martins, tradicional político de Feira de Santana, ele foi deputado estadual em 1990, três vezes deputado federal e assumiu o cargo de secretário Nacional de Turismo em maio de 2011. É médico e professor licenciado da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Colbert nunca esteve envolvido em polêmicas políticas, trabalhando, especialmente, para o município de Feira de Santana, como no Projeto que cria a Região Metropolitana.

Tomando nota desses fatos, vamos falar de jornalismo. Um fato deve ser repensado. Perdoem-me os que conhecem e acreditam em Colbert. Mas a condução do fato por alguns veículos de comunicação de Feira fere um principio básico do jornalismo: a imparcialidade.

Acreditar na inocência de Colbert é natural, diante da sua história política e das lutas em prol de Feira. Mas não posso me isentar do direito de dizer que alguns jornalistas perderam a “mão” nos comentários sobre o caso.

Questões e crenças pessoais feriram o princípio de ética do jornalismo. Além de “cegar” alguns para a realidade dos fatos. Assim como Colbert, outras 36 pessoas foram presas, esperando o esclarecimento das denúncias para retornarem às suas vidas. Muitos pais, mães e cidades inteiras podem estar chorando e defendendo a inocência dos seus conterrâneos, tal qual Feira de Santana.

Quantos pais e mães choram vendo as fotos de seus filhos inocentes (ou não), estampados nas capas dos nossos sites e jornais. Fotos que revelam suas fraquezas, sua dor. Fotos de pessoas sangrando, mortas, presas. Por que dói menos quando não conhecemos o personagem da notícia? Pois é. Colbert é personagem de uma notícia triste sobre a corrupção no nosso país. Há poucos dias, o foco não era o Ministério do Turismo, mas o Ministério dos Transportes e o Ministério da Agricultura. Quantos “Colbert’s” (me perdoem a escrita) podem estar no meio desses escândalos? Quantos, aparentemente, entraram de “gaiatos” no navio da corrupção e até hoje não tiveram a chance de provar a sua inocência?

Será que se fosse outro político da nossa cidade, na mesma situação, os comentários seriam esses? Ou, por ter um temperamento mais intempestivo, algum escândalo na sua carreira, seria acusado e apontado como ladrão? O fato é: Colbert foi detido para prestar esclarecimentos. Com a situação resolvida, ele irá explicar à sociedade o que aconteceu e é certo que, se ele for inocente, esse fato não manchará sua carreira. Mas não se pode criticar quem, independente de preferências pessoais, preza pelo bom jornalismo, apura os fatos e os divulga de maneira imparcial, contribuindo para a criação do senso crítico da sociedade. Pois nós somos comunicadores e temos, acima do compromisso com Colbert, o compromisso com a sociedade, que acredita e dá credibilidade ao nosso trabalho.


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

RECORTES

















Para meu pai, sempre presente
(Madalena de Jesus)


Braços fortes
Que pegam no pesado
roçam o mato
cuidam da terra
seguram as rédeas
do cavalo e da vida
Que abraçam

Mãos calejadas
Pelo cabo da enxada cega
que limpa a roça
que escava o tanque
Pelo cabo do facão amolado
que corta o capim
que abre o coco verde
Pela pedra
que parte o ouricuri
que machuca o milho seco
alimento das galinhas

Olhos atentos
Para a leitura
dos livros e do mundo
Para as dores
do corpo e da alma

Voz firme
Para ordenar
Para aconselhar
Para pedir
comida
carinho
atenção
Para sorrir

Pernas sem movimento
quietas na cadeira
sobre rodas
sobre o cavalo
perda infantil
dor adulta

Pés que não vão a lugar algum
Raízes do corpo
Condutores da vida

Isso não é um poema
nem de longe
Ele, sim, fez da vida um punhado de versos
um emaranhado de sonhos
ligação deste a tantos outros mundos
possíveis ou não
reais
como a morte


Madalena de Jesus

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

CONGRESSO DISCUTE MÚSICA













Abertura será na quarta-feira no teatro do Cuca


Com palestra do professor doutor e maestro, José Maurício Brandão,
será aberto na quarta-feira (10), o 2º Congresso de Educação Musical
de Feira de Santana. O evento acontece no teatro do Cuca, a partir das
19h30, seguindo-se apresentação da Orquestra de Violões da Bahia.

“Professor e músico - Reflexões sobre a prática docente” é o tema da
palestra de José Maurício Brandão. As atividades prosseguem até sábado
(13), com mesas redondas, oficinas temáticas, apresentação de
trabalhos e apresentação artística.

O congresso é uma realização do Colegiado de Licenciatura em Música
e do Seminário de Música da Universidade Estadual de Feira de Santana
(Uefs). Durante três dias, os participantes (professores e estudantes
que tenham alguma vivência na área musical ou educação artística), vão
discutir o tema “Educação Musical na Bahia: formando professores e
ampliando as práticas de ensino”.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

DE OLHO NA CÂMARA, NESTA SEXTA


Por Madalena de Jesus













A partir desta sexta-feira, 5 de agosto, o radilista Jorge Bianchi, será comendador de Feira de Santana


Eu não conhecia de perto o radialista Jorge Bianchi, quando ouvi, pela primeira vez, alguém citar o nome de seu programa: De Olho na Cidade. Achei interessante. Transmitia a ideia de que tratava-se de alguém que estava atento o tempo inteiro sobre os acontecimentos do dia a dia.

Não me enganei. Pelo menos em parte. Porque não era apenas ele, Jorge, o menino de sorriso largo e de bem com a vida, que estava alerta. Mas toda a equipe que conseguiu acabar com o preconceito de que audiência grande do rádio só acontecia pela manhã, devido à disputa entre nomes consagrados do radiojornalismo. O seu programa é levado ao ar das 16 às 18 horas, na Rádio Sociedade.

Foi por meio da FTC que nossos laços se estreitaram. Primeiro profissionalmente, eu como assessora de comunicação da instituição, juntamente com Socorro (Pitombo), ele como parceiro de responsabilidade social da faculdade. Começamos a interagir com o projeto “De olho nos Bairros”.

A proposta, que vem dando certo, consiste em levar ações variadas para as comunidades carentes, desde orientações sobre cuidados com a saúde a exames e tratamento de beleza. Tudo muito simples, mas eficaz no resgate da auto estima das pessoas contempladas, associado ao diagnóstico das necessidades de cada lugar visitado.

Não sei ao certo, até hoje, quais os critérios para concessão da Comenda Maria Quitéria pela Câmara Municipal de Feira de Santana, título que será entregue ao cidadão Jorge Brandão de Oliveira nesta sexta-feira (5). Mas uma coisa é certa: não há dúvidas quanto ao merecimento do homenageado. Parabéns para Bianchi, bem como para o autor da homenagem, vereador Luiz Augusto de Jesus.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A SAGRAÇÃO DA APARÊNCIA

















Novo livro de Renata Pitombo interpreta os elementos que aproximam Moda e Jornalismo




O Forte São Diogo, no Porto da Barra, um dos pontos turísticos mais visitados de Salvador, foi o espaço escolhido para o lançamento do novo livro da jornalista e professora Renata Pitombo, “A Sagração da Aparência: Jornalismo de Moda na Bahia”. O evento será na próxima sexta-feira (5), às 20.30h. A publicação traz o selo da Editora da Universidade Federal da Bahia - EDUFBA

O lançamento integra a programação da sétima edição do Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (ENECULT), que acontece em Salvador entre quarta e sexta-feira, promovendo um intercâmbio entre professores, estudantes, pesquisadores e demais interessados na área de estudos culturais. Durante o encontro, a EDUFBA apresenta mais cinco livros.

Com 227 páginas, o livro de Renata Pitombo “resgata a discussão teórica sobre a moda, indo além do universo fashion e analisa a abordagem que este fenômeno recebe por parte dos meios de comunicação, sobretudo na Bahia”, conforme define a autora. Além disso, a obra lança um olhar interpretativo sobre os jornais A Tarde e Tribuna da Bahia e analisa os elementos que contribuem para uma possível aproximação entre a moda e a área da comunicação.

Renata, que é doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA, apresenta seu novo trabalho após uma temporada de estudos de oito meses na Europa, cumprindo programa de pós-doutorado na área, na Sorbonne. Em Paris, ela participou ainda de um curso de estilismo na Escola de Moda – ESMOD, exposições de arte e uma série de eventos acadêmicos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

ENFERMEIRO, O PROFISSIONAL QUE CUIDA





A FTC Feira acaba de formar mais uma turma de Enfermagem. São 47 novos enfermeiros no mercado



A postura do enfermeiro tem que ser transformadora, atendendo os princípios da universalidade, integralidade e solidariedade. O alerta foi feito pela professora Hayana Leal Barbosa, coordenadora do colegiado de Enfermagem da FTC Feira, durante a cerimônia de colação de grau de mais uma turma do curso, na noite de sábado (30). O ato foi presidido pelo diretor da unidade, professor Heraldo Morais, que deu nome à turma.

Sobre a Enfermagem, Hayana Leal, que foi paraninfa da turma, destacou que a profissão tem como premissa básica o cuidado do ser humano na sua totalidade. “O cuidar exige conhecimento, dedicação, zelo e amor”, afirmou a coordenadora, lembrando ainda que esse cuidado não se limita ao corpo, se estende à mente, o que significa associar ciência e sonho, racional e intuição.

Hayana ressaltou a importância do momento, que segundo ela deve ser lembrado sempre, pois “é das lembranças das comemorações que, muitas vezes, tiramos forças para as próximas batalhas”. A respeito das dificuldades, Hayana parafraseou Charles Chaplin ao afirmar que as grandes proezas da história da humanidade foram conquistas do que parecia impossível.

A solenidade reuniu 47 formandos e teve como oradora Lígia Silva Barbosa Miranda e juramentista Elisângela Oliveira São Leão. Na mensagem da turma, que teve como patrono o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho, a citação que define os desafios vencidos ao longo da jornada: “Deus é o ponto de partida e onde vamos ficar, por isso vencemos”.