domingo, 15 de janeiro de 2012

"PARIS SOFRE À SUA ESPERA!"

Professor Gilmar Costa 

 Sempre levei ao pé da letra aquele verso de Peninha tão bem cantado por Caetano Veloso que diz "quando a gente ama, claro que a gente cuida", no sentido de tomar conta, acarinhar, estar sempre junto, mesmo quando distante. Tanto que não consigo conceber amizade de outra forma. Esta semana recebi um desses carinhos enormes, que não dá para mensurar. Imagine alguém em pleno gozo de férias na Europa, com tanta coisa bela a ser vista, passar diante de uma livraria e lembrar de você ao ver um livro do autor brasileiro de sua preferência... Só a lembrança já seria algo maravilhoso. Mas meu amigo Gilmar Costa, professor da melhor qualidade – como diria professor Gilberto, de Paulo Afonso, ele ensina até Latim! – comprou a edição francesa de “Memórias póstumas de Brás Cubas”, ou melhor “Memoires posthumes de Brás Cubas”, para me presentear. O presente veio junto com uma dedicatória que somente um “amigo firmado para a eternidade”, como ele mesmo define, poderia escrever. As palavras de Gilmar me fazem muito mais do que realmente sou, porque são permeadas de amor, carinho e admiração. Sentimentos, aliás, absolutamente recíprocos. 

A DEDICATÓRIA 

Madá, Paris é linda, é encantadora, é única, mas ao andar por suas ruas, contemplar seus monumentos, seus palácios, senti que faltava nela a sua alegria, sua gargalhada, seu modo irreverente. Paris sofre à sua espera! O próprio Machado de Assis solicitou para trazê-lo até você. Entendendo que havia a perfeição do encontro entre um mestre e seu discípulo, de pronto atendi. Eis o resultado de minha obediência: Machado olha para você, você olha para Machado... Gilmar

Um comentário:

  1. Sou uma eterna admiradora dessas abençoadas criaturas: Gilmar e Madá! Vocês brincam com as palavras com tamanha facilidade e pureza de sentimentos, que mexe com a nossa emoção. Amo vocês!!!!
    Ionaia

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