terça-feira, 4 de setembro de 2012

FLAGRANTES DO COTIDIANO











A imagem é tudo. Nunca uma frase de efeito teve significado tão abrangente como na mostra fotográfica de Luiz Tito, o carioca de alma baiana que fez de Feira de Santana a sua morada e fonte de inspiração. No Museu Parque do Saber Dival da Silva Pitombo, desde a noite de sexta-feira (31) flagrantes do cotidiano atraem olhares de um grande público.

São 60 fotografias que contam um pouco da história de Feira de Santana e várias outras cidades baianas ao longo dos 20 anos de carreira do foto jornalista. Com o sugestivo título “Luiz Tito: 20 anos escrevendo com a luz”, a exposição chama a atenção pela beleza estética e, ao mesmo tempo, a crueza dos detalhes expostos de situações drásticas.

As 60 fotografias expostas são flagrantes espontâneos, por isso surpreende a qualidade do trabalho. As imagens são as mais variadas: pessoas que se comprimem em um pau de arara; livros didáticos estragados em uma casa abandonada; o sorriso de uma menina em meio a uma boiada; a queima de pneus na estrada; Dona Canô abençoando uma criança.

Luiz Tito não escolhe um tema específico. Sua fotografia mostra tudo: gente, animais, flores, lixo, rio, seca, fome, desperdício, futebol, alegria e dor. Mas confessa que a miserabilidade e o crime ambiental são questões desafiadoras e admite que uma fotografia especial ainda não foi tirada: um jogo do Flamengo, o seu time, no Maracanã, Rio de Janeiro.

“Aspiro, inspiro e expiro fotografia”, costuma dizer Luiz Tito, que veio para Feira de Santana pelas mãos do tio e amigo Reginaldo Pereira, um de seus maiores incentivadores. “Foi quem me deu oportunidade”, conta, entre agradecido e emocionado. Aos 50 anos de idade e 20 de carreira, diz que ainda está aprendendo. A mostra está aberta à visitação do público.

Fotos: Bernardo Simões
Texto: Madalena de Jesus


Publicado originalmente em feiradesantana.fsa.gov.ba.br

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