quarta-feira, 22 de outubro de 2014

PAIXÃO POR QUADRILHAS


Vilma Soares: Defensora da preservação da dança que virou manifestação cultural.


Mais do que uma dança bonita emoldurada por trajes coloridos e músicas alegres, a quadrilha junina é uma manifestação cultural que ao longo do tempo deixou de ser apenas um atrativo nas festas do mês de junho. Ganhou status de espetáculo! Essa é a motivação de Vilma Soares, quadrilheira por paixão e convicção, que a cada dia se destaca na defesa dessa tradição que veio da Europa e nunca mais saiu da Bahia.

Aliás, paixão é o combustível que Vilma usa para dar conta de tudo que se propõe a fazer. Para se ter uma ideia, ela preside uma associação de bairro (Chácara São Cosme, onde mora), cuida da apresentação dos grupos de  quadrilha e há 10 anos dirige o bloco Folia Caipira, que anuncia os festejos juninos durante a Micareta de Feira de Santana. E advinhem o que vem sempre à frente do bloco na avenida?Uma quadrilha junina, claro.

O Dia Nacional do Quadrilheiro – 27 de junho, data criada por meio da lei 12.390/11 – é uma das conquistas dos defensores do movimento de preservação da cultura junina. E motivo de comemoração, em praça pública, com desfiles que chamam a atenção pela beleza, seja pela harmonia da dança em duplas repetindo movimentos ao som de comandos herdados da língua francesa como anavantu (en avant tout, todos para a frente) e anarriê (en arrière), que significa voltar– seja pelo figurino, quase sempre extravagante.

Aliás, o figurino é um destaque à parte na apresentação dos grupos. Por isso, há alguns anos Vilma criou um novo motivo para colocar o quadrilheiro em evidência. Os amantes desse movimento e curiosos podem ver peças selecionadas em exposições anuais realizadas no Museu Parque do Saber, sempre sob o olhar orgulhoso de Vilma. “A quadrilha hoje faz parte de nossa cultura”, atesta a líder comunitária.

Madalena de Jesus

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