terça-feira, 31 de janeiro de 2017

SOBRE AMOR, EMOÇÃO E CASAMENTO






Era setembro de 2008, um mês cantado em verso e prosa pela beleza característica da estação das flores – então, é primavera! – quando cheguei à Assessoria de Comunicação da FTC Feira de Santana, pelas mãos da jornalista Socorro Pitombo. Logo conheci Maiany, uma menina linda, no esplendor dos 18 anos, se mais ou menos, muito pouco. Extremamente cuidadosa no trato com as pessoas. Cheia de si, mas sem pedantismo. Compenetrada na medida certa. 

Ela tinha a seu favor, além do frescor da juventude, a capacidade de sonhar, projetar. Queria estudar, ir além. Falava e eu gostava de ouvir, sempre que possível, já que nosso contato se dava durante a labuta diária. Com Daisy, formava uma dupla perfeita no setor de Pós-Graduação da faculdade. Nunca a encontrei de mau humor, mesmo nos momentos mais tensos, como a formação de novas turmas. Professor, aluno e colaborador tratados do mesmo jeito.

O tempo passou, me afastei da instituição por algum tempo, mas sempre tinha notícias de todos. De May, soube que cursava Psicologia. Isso mesmo! A menina que sonhava fez acontecer seu sonho maior. Também mudou de setor, não de emprego. Assumiu o Núcleo de Pessoas, substituindo a igualmente especial Guísala, que herdou da mãe, Terezinha Mamona, a garra e o carisma. E não demorou para chegar à sala de aula, agora como professora.

Eu não tenho certeza, datas não são o meu forte, mas creio que naquele ano de 2008 May já tinha um príncipe em sua vida. Quase um rei, para ser mais exata. Mas somente quando retornei, em setembro de 2015 – eu não disse que é um mês especial? – conheci Jean. Igualmente jovem, tímido, mas sempre com um sorriso sincero pronto para aflorar. Característica que certamente herdou do pai, que no dia do casamento cumprimentou os convidados, um a um, agradecendo a presença.

Sim, eles casaram. May e Jean compartilharam com a família e os amigos o momento mágico em que uniram suas vidas. As bênçãos vieram de um pastor inspirado, que usou uma das mais conhecidas figuras de linguagem da Língua Portuguesa, a metáfora, para instruir os jovens que a partir de então seguiriam o mesmo caminho. Citando a passagem bíblica da transformação da água em vinho, a talha seria o novo lar e o vinho, o amor. “Não deixem a sua talha secar”, disse, repetidas vezes.

Diante de cenas marcantes, a exemplo do choro inesperado do noivo – como assim, não é a noiva que chora? – ao falar de seu amor, os convidados se emocionaram e alguns choraram junto, inclusive eu, esquecendo até das mais de duas horas de atraso do início da cerimônia. Logo ela, sempre afobada para tudo... E depois, só alegria. Instrumentos de sopro, sertanejo romântico e, como diria Mário Neto, bagaceira music.

Teve até pedido de noivado de uma das madrinhas durante a festa. Quem? Daisy, que junto com uma bela declaração de amor do namorado Augusto ganhou o buquê lindíssimo da noiva-amiga. Ah, sim, ainda assistimos um clipe com o ensaio fotográfico de pré-casamento feito pelo competente Deudex, em Cachoeira, cenário que contribuiu muito para a beleza das fotos.

Valeu cada momento. E olha que eu quase desisti de ir, por causa de uma dorzinha no tornozelo que me impediu de usar salto alto... Um detalhe tão insignificante que ninguém percebeu.

Madalena de Jesus, jornalista, professora e amiga dos noivos, agora marido e mulher.

Nenhum comentário:

Postar um comentário