Armando Sampaio
Canonizado em 1228, pelo papa Gregório IX, São Francisco de Assis foi representado das mais variadas formas, por artistas consagrados e populares, ao longo dos séculos. E foi essa multiplicidade de representações que fascinou o empresário feirense Armando Sampaio, a quem pertence o acervo em exposição no Cuca.
"Comecei a guardar imagens de São Francisco de Assis em 1970, atraído por um quadro do artista plástico surrealista Adilson Santos. Ao ler a biografia do santo, fiquei surpreso com a variedade de versões sobre sua trajetória de vida. Naquele momento, pareceu-me haver vários São Franciscos. Foi então que criei na mente a figura do meu próprio Francisco de Assis”, conta Armando.
Em suas andanças pelo mundo, tem procurado uma imagem que corresponda ao seu imaginário. “Não a encontrei ainda. Mas, na busca pela imagem do meu São Francisco, encontrei muitos vivendo entre nós", comenta o empresário e ex-secretário de Cultura de Feira de Santana.
Batizado Giovanni di Pietro di Bernardone, São Francisco nasceu na cidade italiana de Assis, em 5 de julho de 1182. Após viver uma juventude abastada e mundana, aos 24 anos decidiu voltar-se para uma vida religiosa de completa pobreza. Fundou a Ordem Mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, renovando, assim, o catolicismo de seu tempo.
Padroeiro dos animais e do meio-ambiente, São Francisco de Assis cultivou a pregação itinerante em um tempo em que os religiosos costumavam fixar-se em mosteiros. Seguindo à risca o Evangelho de Jesus Cristo, acabou por imitar também a vida dele, desenvolvendo uma profunda identificação com os problemas e sofrimentos de seus semelhantes.
Para o escritor Dante Alighieri, São Francisco foi uma "luz que brilhou sobre o mundo". A pesquisa acadêmica moderna sugere que ainda há muito por elucidar quanto aos aspectos políticos de sua atuação. Sua vida é reconstituída a partir de biografias escritas pouco após a sua morte, em 3 de outubro de 1226, mas, para muitos estudiosos, essas fontes primitivas ainda estão à espera de edições críticas mais profundas e completas, que venham a revelar sua verdadeira estatura como figura histórica e social, e não apenas religiosa.
(Com informações da Ascom/Uefs)
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