quinta-feira, 8 de julho de 2021

TESTEMUNHO DE FÉ: A FORÇA DOS PEQUENOS GRANDES MILAGRES

 


Por Bárbara Gomes

Poucas pessoas sabem, com detalhes, o histórico de minha filha, Bárbara, com a maternidade. Em maio, o mês das mães e de Maria, passamos pela barreira da pandemia para atender um convite do Padre Pedro para que ela compartilhasse, durante a missa, os pequenos grandes milagres vividos ao dar à luz os meus dois netos. Foi um testemunho de fé que emocionou todos que se encontravam na Igreja de Senhor do Bonfim, no Cruzeiro. Inclusive eu, que naquele momento, ao lado de meu genro Bruno, dividia o colo com Lucas e Bruna, imensamente agradecida a Nossa Senhora Aparecida pelas bênçãos em nossas vidas. Hoje minha filha e mais duas mães atípicas mantêm a Rede de Apoio Pequenos Grandes Milagres. (Madalena e Jesus)  

Há 8 anos engravidei do meu primeiro filho. Foi quando me tornei devota de Nossa Senhora Aparecida. Tive um pós-parto bem complicado, pois desenvolvi atonia uterina, uma hemorragia que só foi detectada quando eu já estava no quarto, o que aumentou ainda mais o meu risco de morte. Sim, eu corri esse risco e sequer sabia o que estava acontecendo! Dentro do quarto, eu estava com a minha mãe, gritando de dor, com a barriga distendendo em questão de segundos, enquanto a equipe de Enfermagem tentava localizar a obstetra que havia feito meu parto. 

No auge da dor, a porta do quarto se abriu e entrou uma jovem mulher negra, que se apresentou como Ana, vestida com um jaleco do hospital. No mesmo instante segurou a mão da minha mãe e perguntou se ela acreditava em Nossa Senhora; a minha mãe, que já não conseguia mais segurar as lágrimas, respondeu com um sinal indicando que sim e pediu àquela moça que me ajudasse. Ela colocou a mão sobre minha cicatriz e eu consegui senti sair coágulos de sangue que já estavam se acumulando dentro da minha barriga. Eu poderia, naquele momento, ter uma infecção generalizada. Ela me olhou, deu um sorriso e disse: vai ficar tudo bem!

Nós nunca mais encontramos Ana. Quando a procuramos, ela não estava mais no plantão; minha mãe procurou em todos os setores daquele hospital e aquela mulher simplesmente não foi localizada! 

Passados os anos eu engravidei novamente, dessa vez uma menina. Eu estava realizada, afinal de contas teria um casal de filhos como sempre sonhei. No segundo trimestre de gestação nós descobrimos, da pior maneira possível, que nossa filha tinha uma má formação cerebral. Inicialmente nos foi dito que ela não sobreviveria; se sobrevivesse, teria inúmeras sequelas e que além dela eu também corria risco de vida, e então nos foi dado o poder de escolha, caso quiséssemos interromper a gravidez. Assim, de forma fria e desumana, foi um verdadeiro balde de gelo para um casal que tinha acabado de fazer o enxoval da princesa da família. Nós não sabíamos absolutamente nada além do pior, então não conseguíamos esperar algo de bom de tudo isso, nossa única opção era sofrer.

Nós viemos conversar com Padre Pedro, ele abençoou nossa menina e mesmo não sendo médico, me mostrou que a medicina é feita pelo homem, que o homem é feito por Deus e para Deus nada é impossível! Depois da nossa conversa, eu consegui enxugar minhas lágrimas e ir atrás do conhecimento. Foi então que os milagres começaram a acontecer... Sim, vivi muitos milagres, não me considero uma privilegiada por isso, Deus não me escolheu, eu é que escolhi entender e aceitar os milagres da maneira em que Ele estava apresentando a mim!

Nessa caminhada, pude sentir a presença de Nossa Senhora ao meu lado em diversos momentos. Um deles, talvez o mais marcante, foi quando eu estava em outro estado, para fazer uma cirurgia intrauterina, e em meio a tantos médicos homens dentro do centro cirúrgico fechei meus olhos e pedi em silêncio que Ela passasse à frente e intercedesse por mim. Foi quando a única médica mulher, que estava distante de mim, se aproximou e me acolheu dizendo: eu estou aqui!  

Eu não poderia ter mais filhos... lembram da atonia uterina que mencionei anteriormente? Então, isso seria um impedimento para eu parir novamente, e eu dei a vida.

Minha filha não sobreviveria, e sobreviveu!

Ela teria inúmeras sequelas e TEM, mas isso não a torna inferior a ninguém, ela nos faz feliz do jeitinho que é!

Hoje tenho uma fé inabalável e estou aqui para dizer a vocês que milagres acontecem todos os dias e a todo momento, não espere algo grandioso, veja o poder de Deus nas pequenas coisas e seja grato SEMPRE.

Minha filha foi consagrada a Nossa Senhora Aparecida, porque Ana, aquela que me visitou no quarto do hospital no dia 19/07/2013 não precisava ser localizada pois ela me disse naquele momento que tudo ficaria bem! E sim, está tudo bem!

Lucas está prestes a completar 8 anos e é o melhor irmão que Bruna Aparecida, já com 2 anos e 2 meses poderia ter! 


Hana Bárbara de Jesus Gomes é Arquiteta, Engenheira de Segurança do Trabalho e Professora 

6 comentários:

  1. Estou apática, fiquei parada. Mas acredito em tudo que foi dito. Deus está se.pre conosco. Também sou filha de Maria.que relatos maravilhosos.

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  2. Deus e Maria esta sempre ao lado de vcs.

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  3. Lindo testemunho! Eu creio. Precisamos ficar atentos aos pequenos milagres que ocorrem em nossas vidas a cada dia. Gratidão sempre!!!🙏🏼🙏🏼🙏🏼


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  4. Fantástico relato, Bárbara. Comovente, repleto de fé e amor que nos contagia. O amor é contagioso.

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